A Ortodontia Corretiva é o segmento da ortodontia que tem como objetivo tratar pacientes que já completaram as trocas dos dentes decíduos pelos permanentes. Nesta fase utiliza-se aparelhos fixos para a correção total do posicionamento dos dentes em questão.
O principal objetivo é a obtenção da relação de classe I dos caninos após o tratamento ortodôntico, quando o canino superior encaixa exatamente entre o canino e o primeiro pré-molar inferiores.
Em alguns casos, quando ainda observa-se o crescimento ósseo, nas fases de pré-adolescência, adolescência ou fase início da adulta, pode-se utilizar o recurso da Ortopedia Facial, junto a Ortodontia Corretiva, para a correção do posicionamento das bases ósseas (maxila e mandíbula).
Em casos onde diagnostica-se uma discrepância severa das bases ósseas, muitas vezes, utiliza-se os recursos da Ortodontia corretiva vinculada a cirurgia ortognática.
Os tratamentos ortodônticos em pacientes adolescentes ou adultos requerem um diagnóstico preciso, para isso passa a ser necessário a análise detalhada da documentação ortodôntica do paciente.
Por meio de radiografias, modelos em gesso, fotografias, análises cefalométricas, tomografias e ressonância magnética, desenvolve-se um plano de tratamento específico a cada paciente.
Para fins didáticos, deve-se dividir os tipos de tratamentos em 3 tópicos distintos:
A relação de Classe I é considerada a ideal para uma boa engrenagem entre as arcadas superior e inferior.
Utiliza-se como referência a posição do canino superior que deve encaixar-se exatamente entre o canino e primeiro pré-molar inferiores.
Essa classificação é utilizada para a análise anteroposterior dos dentes superiores em relação aos inferiores.
Além da análise do posicionamento dos dentes, deve-se analisar a relação entre as bases ósseas ( maxila e mandíbula ) tendo como referência a base de crânio do paciente.
Por vários fatores, as bases ósseas poderão estar mal posicionadas e exigirem um tratamento ortodôntico associado a cirurgia ortognática.
A maioria dos pacientes com classe I, que buscam o tratamento ortodôntico, apresentam apinhamentos suaves, moderados ou severos.
Os casos com apinhamentos suaves e moderados são resolvidos, na maioria das vezes, com o alinhamento dos dentes em seus respectivos arcos.
Quando há um apinhamento severo a possibilidade de extrações de dentes permanentes aumenta.
A relação dos caninos está fora dos padrões de normalidade.
O canino superior encontra-se a frente do encaixe entre o canino e primeiro pré-molar inferiores.
Os casos de classe II são divididos em 2 grupos distintos :
Classe II, divisão 1: os pacientes apresentam o trespasse Horizontal acentuado.
Neste caso, os pacientes apresentam o trespasse vertical acentuado.
A relação dos caninos está fora dos padrões de normalidade.
O canino superior encontra-se atrás do encaixe entre o canino e primeiro pré-molar inferiores.
As bases ósseas estão bem posicionadas em relação a base de crânio do paciente.
Existe uma discrepância entre as bases ósseas.
O perfil do paciente torna-se convexo devido a um crescimento excessivo da maxila ou um hipo desenvolvimento da mandíbula.
Existe uma discrepância entre as bases ósseas.
O perfil do paciente torna-se côncavo devido a um crescimento excessivo da mandíbula ou um hipo desenvolvimento da maxila.
Os dentes devem estabelecer um relação estética e funcional. Os superiores devem incluir os inferiores na sua totalidade.
Caso haja desarmonia entre as arcadas dentárias, pode-se desenvolver uma mordida cruzada.
A mordida cruzada pode ser unilateral ou bilateral.
As bases ósseas (maxila e mandíbula) devem estar em relação harmônica entre si.
Observa-se essa harmonia por meio da cefalometria, exame complementar muito utilizado no diagnóstico ortodôntico.
Em casos de hipo ou hiper-desenvolvimento de uma das bases ósseas, pode-se desenvolver uma mordida cruzada.
Em oclusão, as bordas incisais dos dentes inferiores devem tocar as faces internas dos superiores.
O desajuste do trespasse vertical entre os dentes anteriores pode causar uma desarmonia leve, moderada ou severa.
Caso o trespasse vertical seja negativo, os dentes não se tocam, desenvolvendo uma mordida aberta.
Quando o trespasse vertical é positivo, ultrapassando os padrões de normalidade, instala-se a mordida profunda.
A mordida profunda pode ser classificada em leve, moderada e severa.
Por meio da análise cefalométrica determina-se em milímetros a profundidade da mordida anterior.
A cefalometria, exame desenvolvido a partir da telerradiografia, e a análise facial por meio de fotografias da face, determinam o padrão de crescimento ósseo do paciente em questão.
Deve-se analisar minuciosamente o posicionamento da maxila e da mandíbula em relação a base de crânio.
Qualquer alteração óssea poderá causar uma má oclusão entre os dentes superiores e inferiores.
Em alguns caso o ortodontista deverá tratar o paciente vinculando a ortodontia a cirurgia ortognática.
A cirurgia reposicionará as bases ósseas em relação a base de crânio, o ortodontista os dentes, e a harmonia será restabelecida.
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